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Como
a linguagem corporal pode ajudá-lo numa entrevista
Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira
impressão. Saiba como a linguagem corporal pode ajudá-lo numa entrevista de
emprego.
por Rute Gonçalves Marques 03 set 2014Publicado em: Carreira
Desemprego Particulares Trabalho
 linguagem, corporal,
entrevista, empregoQuando comunicamos, os gestos, as expressões faciais e a
postura corporal transmitem tanto, ou mais, a mensagem que queremos passar como
aquilo que dizemos. Aliás, alguns estudos científicos dizem que a linguagem
corporal vale mais de 60% do processo de comunicação. Porém, desde crianças que
somos ensinados a prestar atenção à forma como escrevemos e às palavras que
utilizamos nos discursos mas não somos educados a utilizar o nosso corpo e face
de forma a dar significado adicional às palavras que usamos.
Numa entrevista de emprego a linguagem corporal tem ainda
mais impacto, pois pode influenciar o sucesso ou não da mesma. A forma como o
corpo se manifesta poderá reforçar o que está a dizer ou fazer exatamente o
contrário, contradizer as palavras que profere. Ao enviar mensagens
contraditórias a credibilidade do entrevistado pode sair beliscada e transmitir
uma imagem de insegurança. Por exemplo, as pessoas que procuram emprego, por
vezes, estão tão traumatizadas pela procura que podem transparecer negatividade
mesmo quando estão a falar dos seus pontos fortes e essa ansiedade pode revelar
rigidez e falta de segurança.

Tudo isto pode ser treinado sem correr o risco de parecer
artificial e pouco sincero, diz-nos António Sacavém, especialista em linguagem
corporal e fundador da Microexpressões Faciais. “Costumo dar o seguinte
exemplo: Quando aprendemos a conduzir parece-nos quase impossível conjugar o
pisca, o volante, o acelerador e o travão, porque estes movimentos não estão
articulados, mas passado algum tempo já conduzimos “sem pensar” enquanto temos
uma conversa com o passageiro do lado”, diz o especialista. É isto que acontece
com a linguagem corporal. É necessário treinar a interiorização do que dizemos
com aquilo que o corpo manifesta e, ao longo do tempo, esse processo passa para
níveis subliminares. “Através do trabalho do esquema mental emerge a
autenticidade, mas primeiro é preciso treinar”, prossegue.
Linguagem corporal: Primeira impressão
“Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira
impressão”, diz-nos a sabedoria popular e numa entrevista de emprego esta
máxima aplica-se na perfeição. É o momento da verdade. Quando o entrevistador
toma contacto, pela primeira vez, com inúmeros candidatos e a primeira
impressão tirada nos primeiros seis segundos é crucial, pois vai influenciar
tudo que acontece a seguir. Ainda não houve uma palavra dita, mas já há uma
impressão definida.
Nesta fase já não se pode esconder atrás de um currículo
bonito e bem feito, a comunicação é preponderante, sobretudo a integração entre
a verbal com a não-verbal. “Há um conjunto de gestos que acontecem sem ter
havido conversa, como a forma como a pessoa se dirige ao entrevistador: vai a
olhar para baixo ou vai procurando focar nos olhos da pessoa com quem vai
comunicar? Vai com um passo decidido e firme ou indeciso? Vai com o tronco
direito ou curvo?”, Explica António Sacavém.
É importante andar com um passo decidido, ir com o corpo
direito e olhar para a frente, estabelecer algum contacto visual ainda que seja
à distância. A face deve estar descontraída, mas transmitir um sorriso de
atitude positiva. “Depois há a questão do aperto de mão, este deve firme.
Porém, um homem deve evitar apertar demasiado a mão de uma mulher e deve também
evitar o aperto de mão ‘peixe molhado’ – ter a mão suada ou muito fria ou mole,
porque transmite fraqueza”, prossegue o especialista.
Corpo em sintonia com as palavras
Numa segunda fase, a primeira impressão está estabelecida. O
candidato senta-se e vai começar a comunicar. “É importante salientar que os
recrutadores cada vez menos utilizam as grandes secretárias para que possam ver
a totalidade da linguagem corporal, nomeadamente para perceber se está à
vontade e confiante”, diz o fundador da Microexpressões Faciais.
Para transmitir uma imagem de confiança, é importante que se
sente bem, com o tronco direito, ligeiramente inclinado para a frente. Evite
estar para trás na cadeira, com uma linguagem corporal demasiado descontraída,
com os braços caídos.
Como ter os braços e pernas
Ter as pernas cruzadas é sinal de insegurança? “Isso é um
mito!”, responde prontamente António Sacavém. “Remontando à evolução do homem,
o nosso sistema límbico, que controla as emoções, não nos permite estar com as
pernas cruzadas quando estamos diante de perigo. Logo é um sinal de confiança e
de conforto psicológico”, prossegue. Deve-se, no entanto, evitar o cruzamento
“do quatro”, típico dos homens em que se cruza as pernas com o tornozelo sobre
o joelho, porque é um movimento que pode indicar uma postura de conquista de
território e estando no papel de candidato não é aconselhável.
Já no que diz respeito aos braços, a questão é outra. Numa entrevista
de emprego deve evitar ter os membros superiores cruzados, sobretudo se
previamente as mãos estavam em cima da mesa, “porque isso dá uma informação
muito clara que está a defender-se. Não é o braço cruzado em si, é o movimento
de ter cruzado os braços naquela altura em que senti desconforto”, explica.
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http://saldopositivo.cgd.pt/como-linguagem-corporal-pode-ajuda-lo-numa-entrevista-de-emprego#ixzz3DxwAqeNZ

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